Nenhum setor foi tão impactado nos últimos cinco anos pela revolução tecnológica como o segmento varejista. Depois de amargar anos e anos sendo considerado um dos setores mais avessos a investimentos em Tecnologia da Informação, a onda do comércio eletrônico varreu de vez essa visão e trouxe uma nova realidade para o Varejo. A chegada de grandes grupos internacionais, seja uma Amazon, com seu modelo online, ou um Wallmart, tirou o Varejo brasileiro da zona de conforto.
Se num primeiro momento se pensou que o e-commerce seguiria um caminho diferente do chamado varejo físico, hoje já se sabe que ambos andam no mesmo sentido, ou melhor, lado a lado. E foi justamente a necessidade de se inserir no mundo virtual que empurrou as empresas de Varejo a buscar soluções tecnológicas que pudessem facilitar essa inserção.
O movimento começou mas está longe de terminar. Grandes transformações ainda estão para chegar. A mobilidade é, sem dúvida nenhuma, uma das tendências mais importantes hoje no Varejo. Nesses cinco últimos anos, o vocabulário do varejista mudou. Palavras como multicanilidade, omnichannel e lojas híbridas estão na ordem do dia e surgiram no lastro deixado pela mobilidade.
Acompanhar o movimento dos clientes onde quer que eles estejam, oferecer uma experiência de compra à maneira do consumidor e antecipar desejos e comportamentos se tornaram chave para o Varejo conquistar um lugar de destaque. Empresas que empreenderem essa tarefa com mais eficiência, não importa se no mundo físico ou virtual, estarão certamente encabeçando a
lista das marcas preferidas.
Cloud computing também tem se mostrado outra alternativa que favorece o Varejo ao acenar com velocidade, agilidade e até redução de custos na implementação de serviços ou mesmo no lançamento de novas operações. A maioria das startups do setor varejista já traz no DNA o modelo de computação em nuvem.
As ferramentas de Big Data são a grande promessa de um novo futuro para o setor varejista. Tanta tecnologia, trouxe uma infinidade de informações sobre clientes e produtos. A questão agora é saber exatamente o que fazer com isso. Esses dados, na sua maioria não estruturados, oriundos principalmente de mídias sociais, possuem um valor inestimável. O varejo já sabe disso mas ainda vai levar um tempo para implementar soluções de análise e big data para tirar o máximo proveito desses recursos.
Os tempos de informalidade no Varejo ficaram no passado. A tecnologia hoje é uma grande aliada do varejista na busca de produtividade e maior eficiência operacional. Muitos estão empreendendo mudanças nos seus processos internos, revendo modelos tradicionais de gestão e adotando novos processos e ferramentas que tragam maior integração e velocidade na tomada de decisões.
Fonte: Decision Report