5 passos para não faltar dinheiro no caixa

5 passos para não faltar dinheiro no caixa

5 passos para não faltar dinheiro no caixa

 

A inadimplência voltou a preocupar as instituições financeiras e os órgãos de proteção ao crédito. Embora ninguém esteja prevendo um cenário catastrófico para 2015, um conjunto de fatores sinaliza que os atrasos nos pagamentos tendem a se intensificar daqui para a frente, com o maior endividamento das famílias e o menor poder de compra devido à inflação.

Para as empresas, gerenciar o risco da carteira de clientes se torna ainda mais essencial. Os consumidores endividados tendem a esticar seus pagamentos ao máximo ou, pior, deixam de pagar — algo desastroso para o fluxo de caixa de um pequeno negócio em crescimento.

Muitos empreendedores cometem dois erros clássicos ao lidar com esse cenário. O primeiro: não fazer nenhum trabalho preventivo e correr atrás do mau pagador após o problema ter estourado. O segundo: partir para o tudo ou nada, cortando relações com o cliente, em vez de tentar um novo relacionamento. Veja como montar um programa eficiente de combate à inadimplência.

1. Estude o fluxo de caixa

A primeira providência é fazer um diagnóstico do fluxo de caixa. Deve-se avaliar o limite máximo que a empresa suporta em pagamentos atrasados e vendas parceladas sem que seja necessário recorrer a empréstimos de capital de giro ou à antecipação de recebíveis.

“De modo geral, o valor dos pagamentos em atraso não pode representar mais do que 4% do faturamento”, afirma Fernando Cosenza, diretor da Boa Vista SCPC, especializada em análise de crédito. É comum encontrar pequenas e médias empresas oferecendo aos clientes condições de pagamento iguais às de grandes concorrentes ou suportando altos índices de calote, ainda que não tenham o mesmo fôlego financeiro.

Atenção: “Quando a empresa vende a prazo ou flexibiliza débitos em atraso, ela está, na prática, emprestando dinheiro para o cliente”, diz Cosenza. “É um custo que não pode ser ignorado.”

2. Crie uma política de crédito

Depois de detectadas as limitações financeiras, é hora de oficializar uma política de crédito. O manual deve conter formas e prazos de pagamento, percentual de juro a ser cobrado nas faturas em atraso e condições de parcelamento. Os especialistas recomendam que sejam definidos ainda incentivos para certos tipos de pagamento, com menos risco de calote.

“Um exemplo: se nos últimos seis meses o valor dos cheques sem fundo tiver sido equivalente a 8% das receitas e isso for superior às taxas cobradas pelas operadoras de cartão, será indicado estimular as vendas por cartão”, diz Ricardo Rabinovich, da consultoria Crowe Horwath.

A política também deve estabelecer vantagens para os clientes pontuais e para os que pagam à vista. “Pontuações em programas de fidelidade, descontos e brindes são alguns dos incentivos indicados”, diz Rabinovich.

As condições devem ser atualizadas conforme muda a conjuntura econômica. Recentemente, a loja online de produtos automotivos Itaro endureceu sua política de crédito para reduzir a inadimplência registrada em 2013 — 1,5% do faturamento.

 

Fonte: Revista Exame

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